O ICOMOS Portugal saúda a inscrição do Conjunto Palácio, Basílica, Convento, jardins e tapada de Mafra e do Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga na lista do Património mundial da UNESCO, bem como a inclusão do Museu Machado de Castro na inscrição da Universidade de Coimbra que devido a problemas de ordem administrativa não tinha sido abrangido no perímetro da área inscrita em 2012.
Trata-se de um reconhecimento muito relevante para o património português e a sua relevância em termos internacionais.
As candidaturas apresentadas pelo Estado Português propunham a inscrição de Mafra pelos critérios i, ii iv e vi e o Bom Jesus do Monte pelos critérios ii e iv.
O ICOMOS Portugal acompanhou a visita dos peritos internacionais que no passado mês de setembro/outubro realizaram uma avaliação técnica aos dois sítios a qual contribuiu para o parecer final do ICOMOS internacional apresentado esta manhã ao Comité do Património Mundial. O Parecer final do ICOMOS propunha a devolução ao Estado parte dos dois dossiers com pedido de mais informação por considerar que apesar de estar demonstrado o valor universal excepcional dos dois bens, havia dúvidas sobre a demonstração dos critérios propostos, bem como relativamente às questões da gestão dos bens. O parecer considerou no entanto que nos dois casos o critério iv estava claramente demonstrado. Foi com base nesse consenso que o Comité aprovou sem necessidade de votação a inscrição dos dois sítios portugueses incluindo no projecto de decisão os pedidos de esclarecimento e de aprofundamento relativamente às dúvidas técnicas.
Desta forma o Estado Português comprometeu-se a enviar até 1 de fevereiro de 2020 os elementos e as respostas às questões incluídas no projecto de decisão.
Estes dois bens integravam a lista indicativa portuguesa do Património mundial da UNESCO processo em que o ICOMOS Portugal teve um papel relevante.
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